quarta-feira, 17 de junho de 2020

1º BIMESTRE - TÉCNICAS DE ENSINO II


TÉCNICAS DE ENSINO
Prof. Dra. Suzana Burnier
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE - MINAS GERAIS / Diretoria de Ensino Superior / Departamento Acadêmico de Educação /Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes/Dinamizar suas aulas diversificando as

PASSOS PARA UTILIZAÇÃO DOS JOGOS
Para que a utilização dos jogos traga os resultados esperados, alguns cuidados devem ser tomados:
1. instrutor / facilitador deve ter experiência na utilização de jogos e caso seja iniciante, ter participado de jogos conduzidos por diferentes pessoas de modo a se sentir mais confortável no momento da condução;
2. Definir o objetivo. O que se deseja transmitir e atingir com o jogo;
3. Definir o tempo disponível para o jogo;
4. Escolher qual o melhor jogo para se atingir o objetivo desejado, no tempo disponível.
5. Relacionar o que será necessário para a realização do jogo:
- Espaço;
- Material;
- Suporte externo e apoio;
- Outros.
6. Verificar pontos limitadores da realização do jogo:
- Número máximo e mínimo de pessoas;
- Limitações pessoais dos participantes: dificuldade de locomoção;
- Limite intelectual;
- Horário;
- Cultura;
- Clima interno.
7. Providenciar e conferir o material necessário;
8. Testar a utilização do jogo previamente;
9. Aplicá-lo;
10. Avaliá-lo;
11. Aperfeiçoá-lo.
POSTURA DO FACILITADOR
Facilitador, com o próprio nome diz, é aquele que “torna fácil”; sendo este um dos papéis que o instrutor / palestrante deve ter em mente.
Não existe uma fórmula única e correta de se portar, mas algumas linhas gerais devem nortear nossa conduta.
O facilitador deve:
• ser transparente, aberto ao diálogo, comunicativo, saber ouvir e ter equilíbrio emocional;
• evitar a postura de dono da verdade e de estrela do “ espetáculo ”;
• evitar monopolizar o discurso;
• evitar agir agressivamente;
• praticar o que prega. Evitando frases como: “faça o que eu falo e não o que eu faço” ou “manda quem pode e obedece quem tem juízo”;
• manter o controle emocional;
• buscar evolução constante através da autoavaliação e da humildade.
JOGOS EM TREINAMENTO
A utilização dos jogos em treinamento favorece o aprendizado, já que propicia a comparação com situações anteriormente vividas e não apresenta “riscos”. Sendo assim, o participante é mais natural, se envolve com mais facilidade e capta o conteúdo através da percepção da realidade expressa em atitudes e comportamentos sem sofrer dissimulação ou censura (já que se trata de um jogo). Possibilita ainda a absorção de conceitos que, de outro modo, poderiam ser renegados.
 TODO ADULTO JÁ FOI CRIANÇA!!!
O adulto tem uma visão do mundo consolidada: acumulou experiências, desenvolveu crenças, estruturou valores, e, a partir disso, define seus padrões de atitude e comportamento.
Portanto, ao utilizar jogos, deve-se ter o cuidado de estar realmente preparado para tal, pressupondo-se que o condutor tenha mais conhecimento do que o grupo e que faça escolha adequada do jogo. A habilidade de processamento e aproveitamento do exercício deve ser bem desenvolvida, sem o que fica a sensação indesejável do jogo pelo jogo. Se os treinandos ficarem confusos, gera-se descrédito com relação a metodologia.
Os participantes aprendem melhor fazendo do que lendo, ouvindo ou observando, pois, o jogo procura reproduzir simbolicamente a circunstância do dia - a - dia organizacional, que, processada por analogia, pode facilitar a percepção e internalização de aprendizado.
A dificuldade inicial e maior está na formulação que o indivíduo faz da sua auto- imagem, quase sempre desfocada das suas reais possibilidades e dificuldades no exercício de qualquer papel. Assim. com forte tendência à superestima do que pode ou sabe, o adulto reage às propostas de treinamento, sobretudo comportamentais, negando-se a rever atitudes e comportamentos que assume. Com respeito às propostas operacionais que lhe ofereçam apenas informações, a reação geralmente é bem menor.
PONTOS A SEREM CONSIDERADOS AO SE PREPARAR PARA USAR JOGOS
Habilidades, idade acomodações, riscos, segurança, atitudes, autenticidade, materiais e tempo.
FASES DE UM JOGO
As fases de um jogo são: proposta, divisão do grupo, introdução, demonstração, esclarecimento, o jogo em si, observação do jogo, parada do jogo, emoções, feedback, discussão e final.

USO DO VÍDEO COMO RECURSO DIDÁTICO
Muitas vezes, propostas de inclusão de algumas técnicas didáticas esbarram em problemas concretos da sala de aula: pouco espaço, iluminação imprópria, disposição inadequada dos móveis, recursos e equipamentos inadequados, tempo limitado, excesso de alunos, turmas heterogêneas e tantos outros conhecidos de professores experientes.
O vídeo ou filme é um tipo de ferramenta que auxilia a ação pedagógica do professor. A utilização adequada deste, depende de alguns fatores como: a capacidade e experiência dos treinandos, uma boa técnica de emprego, a adequação do tempo de uso, o cuidado para não limitar a capacidade de abstração, a capacidade e conhecimento do professor, o conhecimento e aprofundamento prévio, entre outros.
Os filmes podem ser utilizados para tornar a comunicação mais eficiente. Quando bem utilizados, favorecem a concentração dos treinandos, a compreensão, a aplicação e a retenção de conhecimentos. Sua utilização excessiva, entretanto, acaba por torná-los, mais do que recursos auxiliares, direcionadores do processo didático.
Em nossos treinamentos, sempre que utilizarmos filmes, tanto o comercial como o específico para determinado tema ou assunto, é recomendável observar alguns cuidados essenciais, visando conquistar o interesse dos alunos e evitando mutilar a obra;
• Conhecimento bastante amplo do tema, do filme escolhido e das cenas selecionadas:
• Preparação prévia dos alunos / treinandos para os verdadeiros objetivos da exibição;
• Alerta aos alunos para observar as cenas mais importantes e detalhes significativos;
• solicitar que durante a exibição os alunos se concentrem no filme, lembrando que, logo em seguida, haverá um momento próprio para as anotações;
• imediatamente após a exibição, solicitar que cada participante, individualmente, faça um resumo da sua retenção, limitando-se o tempo em três minutos ou pouco mais;
•. Do exercício individual passa-se logo e diretamente para o resumo feito em grupo sobre o aproveitamento do vídeo e alcance dos objetivos, com duração limitada em torno de cinco minutos;
Sempre que houver tempo:
•. Abre-se um espaço para crítica e avaliações, onde cada grupo, compartilha com os demais os resultados observados segundo o filme apresentado;
•. Permite-se aos participantes anotar as conclusões significativas dos outros grupos;
• Faz-se um resumo dos pontos significativos mencionados pelos alunos e grupos;
• professor realiza uma síntese do que foi proposto e do que foi alcançado, acrescenta suas opiniões, esclarece dúvidas e encerra o assunto.

AULAS COM MÚSICA
• explorar um tema baseado no estudo de texto (letra de uma música moderna e que tenha a ver com a turma).
• Trazer o CD, deixar que “curtam” a música.
• Entrega a letra e escutar novamente a música
• Levantar questões para serem discutidas em sub - grupos.
• Fazer levantamento de palavras que possam ser desconhecidas do grupo.
• Abrir o grupão e provocar a discussão.
• Fazer e fechamento e ouvir novamente a música.


DINAMIZANDO DEBATES E TROCAS DE EXPERIÊNCIAS


Recentemente selecionamos frases famosas que falavam sobre: Administração do tempo; qualidade de vida e a relação entre esses dois temas.
As frases estavam comentadas em um parágrafo, focando o tema proposta no treinamento.
Distribuímos as frases e solicitamos a cada participante que comentasse a suas frases – o que ela significava, se tinha a ver com as atitudes da equipe, etc.
Assim, uma equipe que já passa muitas horas trabalhando, teve a oportunidade de trocarem informações e percepções sobre outros assuntos – raramente ou nunca abordados no dia – a – dia.
Houve uma relação no nível das apresentações, já que as frases levaram à reflexão e consequente elaboração de comentários interessantes. Pode-se usar a mesma técnica para qualquer tema!

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