TÉCNICAS DE ENSINO
Prof. Dra. Suzana
Burnier
CENTRO FEDERAL DE
EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE - MINAS GERAIS / Diretoria de Ensino Superior / Departamento
Acadêmico de Educação /Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes/Dinamizar
suas aulas diversificando as
PASSOS PARA
UTILIZAÇÃO DOS JOGOS
Para que a utilização dos jogos
traga os resultados esperados, alguns cuidados devem ser tomados:
1. instrutor / facilitador deve
ter experiência na utilização de jogos e caso seja iniciante, ter participado
de jogos conduzidos por diferentes pessoas de modo a se sentir mais confortável
no momento da condução;
2. Definir o objetivo. O que se
deseja transmitir e atingir com o jogo;
3. Definir o tempo disponível
para o jogo;
4. Escolher qual o melhor jogo
para se atingir o objetivo desejado, no tempo disponível.
5. Relacionar o que será
necessário para a realização do jogo:
- Espaço;
- Material;
- Suporte externo e apoio;
- Outros.
6. Verificar pontos limitadores
da realização do jogo:
- Número máximo e mínimo de
pessoas;
- Limitações pessoais dos
participantes: dificuldade de locomoção;
- Limite intelectual;
- Horário;
- Cultura;
- Clima interno.
7. Providenciar e conferir o
material necessário;
8. Testar a utilização do jogo
previamente;
9. Aplicá-lo;
10. Avaliá-lo;
11. Aperfeiçoá-lo.
POSTURA DO FACILITADOR
Facilitador, com o próprio nome
diz, é aquele que “torna fácil”; sendo este um dos papéis que o instrutor /
palestrante deve ter em mente.
Não existe uma fórmula única e
correta de se portar, mas algumas linhas gerais devem nortear nossa conduta.
O facilitador deve:
• ser transparente, aberto ao
diálogo, comunicativo, saber ouvir e ter equilíbrio emocional;
• evitar a postura de dono da
verdade e de estrela do “ espetáculo ”;
• evitar monopolizar o discurso;
• evitar agir agressivamente;
• praticar o que prega. Evitando
frases como: “faça o que eu falo e não o que eu faço” ou “manda quem pode e
obedece quem tem juízo”;
• manter o controle emocional;
• buscar evolução constante
através da autoavaliação e da humildade.
JOGOS EM TREINAMENTO
A utilização dos jogos em
treinamento favorece o aprendizado, já que propicia a comparação com situações
anteriormente vividas e não apresenta “riscos”. Sendo assim, o participante é
mais natural, se envolve com mais facilidade e capta o conteúdo através da
percepção da realidade expressa em atitudes e comportamentos sem sofrer
dissimulação ou censura (já que se trata de um jogo). Possibilita ainda a
absorção de conceitos que, de outro modo, poderiam ser renegados.
TODO ADULTO JÁ FOI CRIANÇA!!!
O adulto tem uma visão do mundo
consolidada: acumulou experiências, desenvolveu crenças, estruturou valores, e,
a partir disso, define seus padrões de atitude e comportamento.
Portanto, ao utilizar jogos,
deve-se ter o cuidado de estar realmente preparado para tal, pressupondo-se que
o condutor tenha mais conhecimento do que o grupo e que faça escolha adequada
do jogo. A habilidade de processamento e aproveitamento do exercício deve ser
bem desenvolvida, sem o que fica a sensação indesejável do jogo pelo jogo. Se os
treinandos ficarem confusos, gera-se descrédito com relação a metodologia.
Os participantes aprendem melhor
fazendo do que lendo, ouvindo ou observando, pois, o jogo procura reproduzir
simbolicamente a circunstância do dia - a - dia organizacional, que, processada
por analogia, pode facilitar a percepção e internalização de aprendizado.
A dificuldade inicial e maior
está na formulação que o indivíduo faz da sua auto- imagem, quase sempre
desfocada das suas reais possibilidades e dificuldades no exercício de qualquer
papel. Assim. com forte tendência à superestima do que pode ou sabe, o adulto
reage às propostas de treinamento, sobretudo comportamentais, negando-se a
rever atitudes e comportamentos que assume. Com respeito às propostas
operacionais que lhe ofereçam apenas informações, a reação geralmente é bem menor.
PONTOS A SEREM CONSIDERADOS AO SE
PREPARAR PARA USAR JOGOS
Habilidades, idade acomodações,
riscos, segurança, atitudes, autenticidade, materiais e tempo.
FASES DE UM JOGO
As fases de um jogo são: proposta,
divisão do grupo, introdução, demonstração, esclarecimento, o jogo em si,
observação do jogo, parada do jogo, emoções, feedback, discussão e final.
USO DO VÍDEO COMO
RECURSO DIDÁTICO
Muitas vezes, propostas de
inclusão de algumas técnicas didáticas esbarram em problemas concretos da sala
de aula: pouco espaço, iluminação imprópria, disposição inadequada dos móveis,
recursos e equipamentos inadequados, tempo limitado, excesso de alunos, turmas heterogêneas
e tantos outros conhecidos de professores experientes.
O vídeo ou filme é um tipo de
ferramenta que auxilia a ação pedagógica do professor. A utilização adequada deste,
depende de alguns fatores como: a capacidade e experiência dos treinandos, uma
boa técnica de emprego, a adequação do tempo de uso, o cuidado para não limitar
a capacidade de abstração, a capacidade e conhecimento do professor, o conhecimento
e aprofundamento prévio, entre outros.
Os filmes podem ser utilizados
para tornar a comunicação mais eficiente. Quando bem utilizados, favorecem a
concentração dos treinandos, a compreensão, a aplicação e a retenção de
conhecimentos. Sua utilização excessiva, entretanto, acaba por torná-los, mais
do que recursos auxiliares, direcionadores do processo didático.
Em nossos treinamentos, sempre
que utilizarmos filmes, tanto o comercial como o específico para determinado tema
ou assunto, é recomendável observar alguns cuidados essenciais, visando conquistar
o interesse dos alunos e evitando mutilar a obra;
• Conhecimento bastante amplo do
tema, do filme escolhido e das cenas selecionadas:
• Preparação prévia dos alunos /
treinandos para os verdadeiros objetivos da exibição;
• Alerta aos alunos para observar
as cenas mais importantes e detalhes significativos;
• solicitar que durante a
exibição os alunos se concentrem no filme, lembrando que, logo em seguida, haverá
um momento próprio para as anotações;
• imediatamente após a exibição,
solicitar que cada participante, individualmente, faça um resumo da sua
retenção, limitando-se o tempo em três minutos ou pouco mais;
•. Do exercício individual
passa-se logo e diretamente para o resumo feito em grupo sobre o aproveitamento
do vídeo e alcance dos objetivos, com duração limitada em torno de cinco
minutos;
Sempre que houver tempo:
•. Abre-se um espaço para crítica
e avaliações, onde cada grupo, compartilha com os demais os resultados
observados segundo o filme apresentado;
•. Permite-se aos participantes
anotar as conclusões significativas dos outros grupos;
• Faz-se um resumo dos pontos
significativos mencionados pelos alunos e grupos;
• professor realiza uma síntese do
que foi proposto e do que foi alcançado, acrescenta suas opiniões, esclarece
dúvidas e encerra o assunto.
AULAS COM MÚSICA
• explorar um tema baseado no estudo de texto (letra de uma
música moderna e que tenha a ver com a turma).
• Trazer o CD, deixar que “curtam” a música.
• Entrega a letra e escutar novamente a música
• Levantar questões para serem discutidas em sub - grupos.
• Fazer levantamento de palavras que possam ser
desconhecidas do grupo.
• Abrir o grupão e provocar a discussão.
• Fazer e fechamento e ouvir novamente a música.
DINAMIZANDO DEBATES E TROCAS DE EXPERIÊNCIAS
Recentemente selecionamos frases famosas que falavam sobre: Administração
do tempo; qualidade de vida e a relação entre esses dois temas.
As frases estavam comentadas em um parágrafo, focando o tema
proposta no treinamento.
Distribuímos as frases e solicitamos a cada participante que
comentasse a suas frases – o que ela significava, se tinha a ver com as
atitudes da equipe, etc.
Assim, uma equipe que já passa muitas horas trabalhando,
teve a oportunidade de trocarem informações e percepções sobre outros assuntos
– raramente ou nunca abordados no dia – a – dia.
Houve uma relação no nível das apresentações, já que as
frases levaram à reflexão e consequente elaboração de comentários
interessantes. Pode-se usar a mesma técnica para qualquer tema!
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