TÉCNICAS DE ENSINO
Prof. Dra. Suzana Burnier
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO
TECNOLÓGICA DE - MINAS GERAIS / Diretoria de Ensino Superior / Departamento
Acadêmico de Educação /Programa Especial de Formação Pedagógica de Docentes/Dinamizar
suas aulas diversificando as
TÉCNICAS
SEMINÁRIO RELÂMPAGO
OBJETIVOS:
Desenvolver a atenção, desenvolver
a capacidade de síntese e de registro, desenvolver o espírito crítico, e
desenvolver a comunicação verbal, a socialização, a cooperação.
SÍNTESE:
Para treinar a atenção e a assimilação
durante uma exposição, o professor distribui um roteiro na hora da aula
expositiva para orientar as anotações dos alunos. Depois organiza grupos para
sintetizar as ideias principais apresentadas e discutir as dúvidas que
restaram.
DESENVOLVIMENTO:
1. professor comunica aos alunos
como se processa a técnica, destacando seu lado interessante distribuindo
enquanto isso o roteiro abaixo para orientar a atenção e as anotações do aluno
durante a exposição do tema. (5 a 7 minutos).
ROTEIRO:
Ouça com toda a concentração da
sua atenção a exposição que será feita e, durante a mesma, registre por
escrito:
A- Todas as informações
veiculadas. Não resuma! Qualquer exposição já é, ela mesma, um resumo feito
pelo expositor. Anote tudo.
B- Assinale com um ponto de
interrogação (?) o que não tiver ficado totalmente claro para você durante a
exposição.
C- Ao final da exposição, anote
informações que você acha que poderia acrescentar sobre o tema, exemplos,
discordância.
2. O (s) expositor (es) faz (em)
sua apresentação. Cada aluno faz seu registro ao longo da exposição. O
professor deve verificar se todos têm seus cadernos abertos e anotam.
Lembrar aos que não o fazem de
fazê-lo. (Tempo dependendo do total de tempo da aula. Prever anteriormente).
3. professor organiza grupos, nos
quais deve haver a indicação de:
• secretário / relator
- Anota todas as ideias.
Sintetiza as que se repetem. Prepara, com o grupo, a síntese final.
• moderador / coordenador
- Garante o uso democrático do
tempo por todos as pessoas do grupo
- Controla os falantes e estimula
os discretos
- Garante que não se desvie do
assunto
•. Os relatores dos diversos
grupos colocam-se à frente da classe, lendo os registros feitos.
•. Os itens B e C do roteiro
podem merecer uma abertura de discussão com a plateia. Devem, de preferência,
ser registrados no quadro durante a apresentação dos grupos, e ser discutidos
com a plateia ao final, para não comprometer a apresentação de nenhum grupo.
Caso não haja tempo e as questões sejam relevantes, podem ser debatidas na
próxima aula, dando-se à turma a tarefa de se fundamentar para tal debate.
TÉCNICA DO AUTÓDROMO
OBJETIVOS:
• estudar com prazer
• confirmar de imediato o resultado de seu esforço;
• desenvolver habilidades de clareza e precisão;
• atuar em grupo com um sentido social de coesão de ideias e de estudo.
SÍNTESE:
O professor prepara questões sobre
determinado conteúdo e os alunos vão tentar respondê-las em grupo numa espécie
de “corrida” para ver quem avança mais. O professor sorteia qual elemento do
grupo apresentará a resposta à questão formulada.
DESENVOLVIMENTO:
1. professor prepara em casa
algumas 7 a 10 questões sobre o assunto a ser tratado (quando se quiser fazer
uma sondagem dos conhecimentos prévios - diagnóstico) ou sobre um assunto já
trabalhado em sala (se tratar de uma fixação ou avaliação);
2. professor apresenta a técnica
ao grupo, destacando seu lado interessante e as habilidades que ela permite
desenvolver, enquanto desenha no quadro a pista do AUTÓDROMO.
3. professor pede a algum aluno que
distribua cartões com letras A B, C, D, E, F para os membros de cada grupo.
Cada elemento do grupo receberá uma letra e todos os grupos terão elementos com
cada uma dessas letras (preparar os cartões de antemão ou fazer oralmente, apontando
para cada aluno e conferindo-lhe uma letra).
Equipes
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50
|
100
|
150
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200
|
250
|
300
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...500
|
Verde
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Darkstar
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4. Montada a pista, o professor
deve ler pausadamente a questão inicial e o cronometrista dá início aos debates
no grupo, que durarão 20 segundos ou mais, com consulta ou não, a critério do
professor. Passado o tempo, o cronometrista assinala o fim das deliberações.
Tão logo se encerre a deliberação, o professor deve chamar uma das letras e em
cada grupo o aluno correspondente se levanta. O professor pergunta para estes
alunos a resposta e marca ao lado do nome do grupo.
5. Depois de todos responderem, a
resposta certa é dada e os grupos que acertaram passam para os 50 pontos, os
que erraram ficam com zero pontos. O processo se repete; o acerto representa o
avanço de uma casa e o erro indica paralisação que vão sendo anotados no
quadro.
Ex.: 100 volta tudo, após 230
volta 3 e assim por diante. Pode-se variar a contagem: Por exemplo, o acerto avança
e os erros obrigam a retroceder: errar no 100, volta tudo, errar no 250 volta 3
casas, etc.
AVALIAÇÃO:
1. professor deverá averiguar os pontos de cada equipe e indicar a vencedora.
2. professor deve convidar a turma a fazer um círculo e refletir com
eles sobre o papel da competição na sociedade moderna iniciando a discussão,
por exemplo, com as questões:
• como vocês se sentiram ao acertar?
• como vocês se sentiram quando erraram?
• ao ganhar? Ao perder?
• que significa ganhar? O que significa perder? Quem ganha num determinado
jogo é melhor pessoa do que quem não ganha?
• como a sociedade moderna lida com essas situações?
• que podemos aprender com essas experiências e com o debate de hoje?
TÉCNICA DA GRADE, GRUPOS DIFERENCIADOS OU PAINEL INTEGRADO
OBJETIVOS:
• ter uma visão geral de um grande espectro de informações num curto espaço
de tempo;
• adquirir conhecimentos específicos;
• difusão destes conhecimentos a um pequeno grupo, através de mini- aulas;
• treinar a desinibição no convívio social;
• aprendizagem e treinamento em criatividade, espírito de síntese e comunicação
didática.
SÍNTESE:
Cada grupo prepara uma parte e depois juntam-se um elemento de cada
grupo original para compor os novos grupos. Cada um apresenta sua parte aos
colegas.
PROCEDIMENTOS:
1. Dividir o trabalho em tantas partes quantos forem os grupos
formados.
2. Organizar os grupos, sempre que possível, com o mesmo número de componentes.
3. Personalizar os grupos dando-lhes um nome, letra, número ou cor.
4. Identificar com letra ou número cada elemento de cada grupo (aconselha-se
entregar um crachá com a cor do grupo e o número respectivo).
5. Cada elemento do grupo estuda o assunto proposto pelo professor.
6. Discussão em grupo do assunto proposto.
7. Estabelecimento de conclusões.
8. Formação de novos grupos com os elementos que possuem os mesmos números.
9. Comunicação (pode ser leitura) das conclusões por parte de cada um dos
componentes e complementado (se necessário).
10. Apresentação da conclusão final para toda a classe.
Obs.: É importante que cada elemento anote as conclusões durante o 1º momento,
para levá-las ao outro grupo no 2° momento.
VEJA ESQUEMA
PRIMEIRO MOMENTO
SEGUNDO MOMENTO
GRUPO
|
ELEMENTOS
|
GRUPO
|
ELEMENTOS
|
A
|
1, 2, 3, 4, 5
|
1
|
A1, A2, A3, A4, A5
|
B
|
1, 2, 3, 4, 5
|
2
|
A1, A2, A3, A4, A5
|
C
|
1, 2, 3, 4, 5
|
3
|
A1, A2, A3, A4, A5
|
D
|
1, 2, 3, 4, 5
|
4
|
A1, A2, A3, A4, A5
|
E
|
1, 2, 3, 4, 5
|
5
|
A1, A2, A3, A4, A5
|
JÚRI SIMULADO I
OBJETIVOS:
• dinamizar o grupo para estudar
profundamente um tem7a real;
• analisar e avaliar um fato
proposto com objetividade e realismo;
• criticar construtivamente uma
situação determinada;
• aplicar conhecimentos adquiridos
utilizando-os em uma situação analítica (de debate)
SÍNTESE:
Uma simulação de um julgamento de
um tema para fixar os argumentos e desenvolver habilidades gerais.
PROCEDIMENTOS:
1. Apresentar um tema polêmico à
turma, dividindo-a em 2 grupos. O tema pode ser de qualquer área de conhecimento,
p. ex.: prós e contra o imposto SIMPLES para empresas; defensores da corrente
contínua e defensores da corrente alternada; defensores da química orgânica X defensores
da química inorgânica, etc. O professor pode distribuir, com antecedência ou na
hora, um texto defendendo cada uma das posições ou sintetizando os conteúdos
necessários ao debate;
2. Dar um tempo para que os grupos
se reúnam sintetizando suas argumentações;
3. Enquanto os grupos se
preparam, o professor registra no quadro as regras e o esquema de funcionamento
do Júri- Simulado:
a) Todos devem ter oportunidade
de falar. Quanto maior o número de pessoas que se manifestar, mais pontos o
grupo terá;
b). Respeitar a cronometragem do
tempo. O grupo que desrespeitar a marcação cio tempo perderá pontos;
c). Respeitar as falas dos
colegas. Conversas paralelas enquanto outro colega se manifesta perdem ponto; Argumentação
ética: não agredir pessoalmente o grupo oponente. O debate é de ideias.
Esquema de Funcionamento:
1 ª RODADA: Apresentação das
propostas. Cada grupo faz uma apresentação inicial de seus pontos positivos. 3
minutos cada grupo.
TOTAL: 6 MINUTOS.
2a. RODADA: Ataque e defesa
Grupo A ataca o Grupo B: 3
minutos
Grupo B se defende: 3 minutos
TOTAL: 6 MINUTOS
3a. RODADA: ATAQUE E DEFESA
Grupo B ataca o Grupo A: 3
minutos
Grupo A se defende: 3 minutos
TOTAL: 6 MINUTOS
PAUSA PARA CONFABULAÇÃO: Grupos
se reúnem para redirecionar intervenção
TEMPO: 5 MINUTOS
4a. RODADA:
Grupo B ataca o Grupo A: 3
minutos
Grupo A se defende: 3 minutos
TOTAL: 6 MINUTOS
5a. RODADA:
Grupo A ataca o Grupo B: 3
minutos
Grupo B se defende: 3 minutos
TOTAL: 6 MINUTOS
4. Montar a sala com os grupos
dispostos em filas em frente umas às outras como no esquema abaixo.
5. Retirar 2 elementos de um
grupo e 1 elemento de outro grupo para compor o corpo de juízes. Um deles será
o cronometrista, assinalando os tempos e as rodadas. Esse deverá anunciar 20
segundos antes do término do tempo. O outro juiz deverá anotar quem participou
em cada rodada, assinalando o número de diferentes interventores em cada grupo
bem como sua postura ética.
6. Dar início ao debate;
7. Ao final do debate, dar 5
minutos para o corpo de juízes definir seu comentário final. O professor pode
orientá-los para que não estabeleçam vencedor, mas que façam uma apreciação
geral do debate. Se restar tempo, pedir à turma uma avaliação da atividade.
OBS.: A divisão do tempo poderá
ser reformulada conforme a experiência do professor e conforme o tempo
disponível para a atividade.
VEJA O POSICIONAMENTO DOS MEMBROS
NA SALA:
DEFENSORES DA OPOSIÇÃO A
DEFENSORES DA OPOSIÇÃO B
TEMPESTADE CEREBRAL (
brainstorming)
1. CARACTERÍSTICAS:
•. Consiste numa busca de soluções
para problemas variados.
•. Objetiva propor uma agitação
na mente do participante, que, assim, é movido a buscar respostas e soluções,
constituindo-se em exercício fundamental para o desenvolvimento da
criatividade.
•. Aplicável igualmente a
soluções administrativas, docentes, discentes, pessoais, etc.
2. REGRAS BÁSICAS (Segundo Alex
Osbom):
• Julgamento em suspenso: os
adultos tendem a ser muito judiciosos em relação às suas ideias inovadoras.
• São bem-vindas as ideias
“malucas”: é mais fácil diminuir a intensidade de uma ideia que aumentá-la.
•. Procurar quantidade: quando se
tem muitas ideias, é mais fácil selecionar algumas boas. A qualidade é, nesse
caso, um subproduto da quantidade.
• Associações têm preferência: a
fase inicial da “Tempestade” é oral. Cada qual contribui com uma ideia de cada
vez e quando uma ideia de um colega fez com que o participante associasse outra
ideia, este deve estalar os dedos, tendo preferência para falar antes que a ideia
“fuja”.
3. ETAPAS PARA DESENVOLVIMENTO:
• Concentração para levantamento
de ideias.
• Tempestade cerebral: um de cada
vez, os participantes vão expressando suas ideias que vão sendo registradas no
quadro-negro.
•. Faz-se uma classificação e
então uma análise das respostas.
• Conclusões.
PHILLIPS 6/6 OU
FRACIONAMENTO
CARACTERÍSTICAS:
1.1 - 1 ª Etapa: Divisão da
classe em pequenos grupos (6 elementos) e discussão de um determinado tema.
Duração: 6 minutos.
1.2 - 2 ª Etapa: Reunião dos grupos
menores no grupo maior e apresentação das conclusões de cada um pelo relator.
As conclusões devem ser registradas pelo secretário, a fim de que se possa
fazer uma síntese final dos trabalhos.
ENRIQUECIMENTO:
• Leitura anterior sobre o tema a
ser discutido: pesquisa, relatórios, etc.
• Apresentação das conclusões por
escrito ao professor para seleção e agrupamento por afinidades. Ao se adotar
tal sistemática, as conclusões serão apresentadas e discutidas em outra sessão
(ou aula).
• COCHICHO ou PHILLIPS 2/2:
“Redução quantitativa da técnica acima. Realiza-se entre 2 ou 3 elementos,
durante 2 ou 3 minutos”.
ESTUDO DIRIGIDO
1. SELEÇÃO DO TEXTO
Se você tem necessidade de usar
um Estudo Dirigido, então comece por selecionar o texto que satisfaça seus
objetivos. Se por um motivo qualquer, esse texto que você tem não satisfaz
plenamente, faça uma adaptação do mesmo, seja quanto ao vocabulário ou quanto à
estrutura das frases.
2. ESTUDO DO TEXTO
A seguir, você passa a estudar
esse texto para verificar como pode ser trabalhado pelo aluno. Para isso, leia
o texto e vá marcando com símbolos próprios, tudo o que você considere que o
aluno deva dar mais atenção durante o “estudo” que vai fazer. Esses símbolos
podem variar conforme seu estilo. Exemplo:
a) conceitos que o texto
apresenta e que o aluno deve analisar (‘)
b) classificação apresentada e
que deve ser conhecida (C’)
c) conhecimentos contidos no
texto e que serão úteis para solucionar problemas (C”)
d) relação entre dois ou mais
fatos ou fenômenos (R)
e) comparação entre fenômenos e
ou fatos descritos (FF)
f) exemplos que podem ser aplicados
em situações diferentes ou semelhantes (EX.)
g) informações referentes a
habilidades específicas (II.)
h) condições ambientais, físicas,
emocionais, etc. (Cond.)
i) ideias apresentadas no texto e
que estão relacionadas a conhecimentos não mencionados aí (Id.)
j) conclusões a que o autor
chegou (Conca)
k) normas estabelecidas sobre o
assunto lido ( Nor)
l) ideias que levam a inferência
(lnf)
m) ideias que facilitam a
formação de atitudes (Atit), etc.
ORIENTAÇÃO PARA O ESTUDO
Uma vez que você selecionou e
estudou o texto, fica mais fácil preparar a orientação que venha facilitar ao
aluno uma leitura com muita compreensão das ideias básicas do texto. Exemplo:
1. Esse é um texto sobre ....
Leia-o com bastante atenção.
2. Releia agora para você
observar o seguinte:
• qual o conceito de ... dado
pelo autor desse texto;
• os elementos da classificação
de
• a relação existente entre ... e
• as diferenças (ou semelhanças)
que o texto apresenta entre ... e.
E assim por diante, seguindo as
anotações feitas enquanto você estudou o texto, inicialmente. É uma orientação
no sentido de facilitar ao aluno estudar sozinho, sem perder tempo.
3. Terminado esse estudo, o aluno
deve ser convidado a reler o texto para que as ideias sejam englobadas num
todo.
VERIFICAÇÃO DA ASSIMILAÇÃO
Agora que você já preparou o
“estudo”, passe às questões para verificar o que o aluno aprendeu com a
leitura. São questões que permitam ao aluno demonstrar:
a) como percebeu o desenrolar dos
fatos narrados no texto;
b) as ideias básicas que aprendeu
com a leitura;
c) como percebeu as relações
entre essas ideias básicas;
d) habilidade para aplicar as
informações do texto;
e) habilidade para fazer
referências;
f) habilidade de análise e de
síntese, etc.
AVALIAÇÃO
Não basta que o aluno “estude” o
texto e verifique o que assimilou. É necessário que ele perceba as possibilidades
de “aplicação” dos conceitos formados e dos conhecimentos adquiridos. Até
então, o aluno teve sempre o texto a sua disposição para tirar qualquer dúvida,
mas agora ele vai aplicar o que aprendeu. Vai demonstrar que a leitura
contribuiu para uma mudança no seu modo de pensar, sentir ou agir.
Para evitar que a aluno continue
com atividades individuais, essa parte de “avaliação” pode ser feita em
pequenos grupos, pois além das vantagens de socialização, o aluno esclarece ideias
assimiladas individualmente.
Crie e apresente uma situação
prática, aproveitando um problema real, atual e de interesse dos alunos, para
que o grupo discuta e resolva com a ajuda dos conhecimentos adquiridos no
“Estudo Dirigido”.
GRUPOS DE
VERBALIZAÇÃO E OBSERVAÇÃO – GV /GO
SÍNTESE:
Consiste em dividir os alunos em
dois grupos, atribuindo ao primeiro, chamado de verbalização, a função de
discutir um tema e ao segundo, chamado de observação, a análise crítica da
dinâmica de trabalho seguida pelo primeiro grupo.
DESENVOLVIMENTO:
1. Os alunos são colocados nos grupos
por simples sorteio, sendo conveniente limitar o tamanho de cada grupo a um
máximo de 15 alunos.
2. Para facilitar a observação
recomenda-se uma disposição concêntrica dos dois grupos, sendo o círculo
interno o de verbalização.
3. Terminada a primeira parte da
sessão, que poderá durar até uma hora (incluindo discussão e análise da
dinâmica), os grupos invertem suas funções. A equipe que na primeira parte se
encontrava em verbalização, ocupa agora a posição de observação, e vice-versa.
Desta maneira realizam-se dois objetivos:
a análise de um tema importante e treinamento dos alunos em dinâmica de grupo. O
GV / GO é um método ativo -participativo, onde o instrutor supervisiona a
discussão dos grupos. Dado um tema determinado pelo instrutor os alunos
organizarão sua análise do tema. O instrutor atua como supervisor.
OBJETIVOS DA TÉCNICA:
Levar os participantes a desenvolver
os conhecimentos, habilidades (intelectuais e verbais) e atitudes referentes a
determinado conteúdo através da troca de ideias e experiências; proporcionar
aos participantes oportunidade de troca de ideias e experiências na busca de
soluções discutidas no grupo
VANTAGENS DA TÉCNICA:
Desenvolve a habilidade de
discussão em grupo;
Facilita o desenvolvimento de
atitudes ligadas ao comportamento grupal;
Permite maior compreensão e
retenção de conhecimentos;
Leva a maior participação grupal;
Utiliza as ideias e experiências
do grupo;
Explora profundamente o assunto;
Motiva os participantes;
Permite avaliação e auto-
avaliação.
CAIXINHA MALUCA
OBJETIVOS:
• sondar conhecimentos, fixar
conteúdos vistos, rever ou avaliar a aprendizagem;
• introduzir um clima divertido e
participativo na sala de aula;
• dar oportunidade a todos de se
expressarem;
• desinibição e expressão oral.
DESENVOLVIMENTO:
1. O professor prepara questões previamente
sobre um determinado tema ou grupo de temas OU
2. O professor inicia a aula
pedindo aos alunos que formulem questões sobre um tema estudado ou que se irá
introduzir;
3. As questões são colocadas em
uma caixinha ou saco fechado. Para maior frisson, desenhe uma caveira na mesma;
4. Providenciar toca-fitas com música
animada ou violão para ser tocado;
5. Enquanto a caixinha roda de
mão em mão, a música toca até que o professor, de costas para o grupo, a
interrompa;
6. Quem estiver com a caixinha na
mão a abre e retira uma questão, a lê em voz alta e tenta respondê-la;
7. Outros colegas completam a
resposta;
9. Passa-se novamente a caixinha,
dando sequência ao processo.
ETAPAS DO CICLO DA
APRENDIZAGEM VIVENCIAL (CAV)
Vivência - Experimentação da
técnica
Relato — Expressão de sentimentos
Processamento — Exploração e
reflexão
Generalização — Correlações com o
real.
Aplicação — Compromissos e
estratégias de mudança.
APRENDIZAGEM VIVENCIAL
É a assimilação de novos conteúdos
e comportamentos através da simulação de situações similares as existentes no
cotidiano, em ambiente controlado. Propicia a mudança individual e grupal,
através da observação das causas e consequências de comportamentos. Através de
uma abordagem prática e de resultados imediatos, gera proveitos para vida a pessoal
e profissional.
CICLO DE APRENDIZAGEM VIVENCIAL (CAV.)
O CAV é um modelo de condução e desenvolvimento
utilizado após a aplicação de uma técnica vivencial ou jogo, afim de garantir a
assimilação/aprendizagem e sedimentação dos conteúdos e comportamentos que se
deseja estimular no grupo, em prol de uma mudança, reforço ou aprimoramento no trabalho
do indivíduo dentro do grupo e/ou no grupo como um todo.
A grande vantagem do CAV é
possibilitar a percepção do que se pode fazer com os conhecimentos adquiridos.
Origem: O modelo do Ciclo da
Aprendizagem Vivencial (CAV) foi proposto por Pfeiffer & Jones, no Annual
Handbook forgroup facilitators — 1980.
PONTOS
A SEREM USADOS NO RELATO
OBSERVAMOS QUE:
Houve cooperação quando... Houve participação quando...
Houve competição quando... Houve alegria quando...
Houve omissão quando... Houve tristeza quando...
Houve individualismo quando....
Houve raiva quando...
Houve desinteresse quando...
“A aprendizagem
emocional é desejável e necessária para mudança de atitudes e suas consequências
no comportamento da pessoa em termos de atuação e eficiência. O envolvimento
emocional, a conjugação de informações e experiências e sua incorporação por
via intelectual e emocional, pensando e sentindo, analisando, raciocinando e
expressando sentimentos, num misto de lógica e ingenuidade, permitem insight e conscientização
mudando a predisposição para agir”.
Feia Moscovici APRENDIZAGEM
VIVENCIAL