quinta-feira, 23 de abril de 2020

1ºBIMESTRE - EXERCÍCIO SEMANA DE 20 A 24 DE ABRIL - COMÊNIO, ROUSSEAU E PESTALOZZI

CDPEF 

Exercícios Semana de 20 de abril a 24 de abril



            1 - Baseando-se na leitura sobre os princípios pedagógicos propostos por Comênio, assinale com V as frases verdadeiras e com F as falsas:

       A) A educação deve começar na primavera da vida, isto é, na meninice. (     )


       B) As conclusões sobre um problema devem ser enunciadas antes da exposição do assunto, ou seja, o professor deve dar a resposta, levar o aluno ao conhecimento da “conclusão” de situações problemas, antes mesmo de desenvolver a compreensão sobre o assunto (conteúdo). (     )


      C) A educação deve dar saltos para que o aluno aprenda depressa. (Ou seja, não se importar com a capacidade e condições de cada aluno. Aprender depressa aqui é o reflexo do “não aprender”, pois para aprender é preciso tempo e disponibilizar uma série de experiências para vivenciar, experimentar, estudar... Até realmente compreender). (     )


      D) A memorização deve anteceder à compreensão. Quer dizer que o aluno precisa primeira memorizar, guardar na memória, só depois ele irá aprender. (     )


         E)  O ensino deve partir do caso geral para as estruturas particulares. (     )

       F) A mente do estudante deve ser preparada para o aprendizado. Não se deve ensinar aquilo que está além da capacidade de percepção do educando. (     )
 
     G)  É preciso cultivar no estudante o desejo de aprender. Aprender é um ato interno, no sentido de que, o aluno com interesse, se sentindo desafiado, envolvido terá uima postura muito mais satisfatória e apropriada ao aprendizado. (     ) 

             2 -  Assinale com x as frases que correspondem ao pensamento de Rousseau:

            (   ) O soberano deveria conduzir o estado segundo a vontade geral do seu povo.

            (   ) Defendia a igualdade de condições entre aqueles que, física e mentalmente, a natureza fez desiguais.

            (   ) Os erros cometidos pelos alunos devem ser encarados com naturalidade.

           (   ) O mestre não deve solucionar os problemas, mas despertar no aluno condições para que ele os solucione por si próprio.

            (     ) O mestre deve impor às crianças os seus conceitos e padrões.


            3 – Assinale com um x as frases que correspondem ao pensamento educacional de Pestalozzi:

     A)O método de seu ensino baseava-se no processo indutivo e método intuitivo. (    )

     B)As atividades dos alunos deviam se iniciar com o conhecimento dos objetos simples até chegar aos mais complexos. (    )


1º BIMESTRE - DIDÁTICA - INFLUÊNCIAS RELEVANTES PESTALOZZI

JOHANN HEIRICH PESTALOZZI (1746 A 1827)

Marquei no texto as partes mais importantes! Leia com atenção!






Quem foi Pestalozzi?


Pestalozzi nasceu em Zuriqui a 12 de janeiro de 1746 e faleceu em Brugg a 17 de de fevereiro de 1827. Estudou línguas, Teologia, Direito e História. Foi um grande educador da Suíça e responsável pela reforma educacional no país.

A leitura de Emílio de Rousseau, levou-o a divulgar e aplicar as ideias pedagógicas expostas nessa obra, considerando que a solução para os problemas sociais deveria ser procurada na reforma do ensino. dedicou-se, particularmente, à instrução das crianças pobres. As escolas que abriu e suas numerosas obras (livros) atraíram a atenção de professores estrangeiros que, depois de observarem seus métodos, divulgaram-nos mundialmente.

Voltou-se principalmente para o ensino elementar, por considerá-lo fundamental para o desenvolvimento do ser humano. Em 1774 abriu uma escola para crianças desamparadas da aldeia de Neuhof, onde pode aplicar com sucessos, suas ideias. Preocupou-se em dar-lhes formação profissional, ainda que rudimentar, que lhes permitisse, mais tarde, ter vida independente e produtiva.

Em 1805 fundou em Yverdon uma instituição que recebia crianças de todas as partes da Europa e funcionava também como centro de formação de professores. Durante vinte anos, esse centro divulgou suas ideias e seu programa revolucionário de ensino.

O currículo por ele criado, para o ensino elementar, dava ênfase ao entendimento oral, à geografia, à aritmética, às artes manuais, ao conto e às atividades de grupo e ao contato com a natureza.

Entendia que o desenvolvimento mental se processava de acordo com uma lei de complexidade crescente, sendo assim, seu plano de ensino era cuidadosamente graduado, que dava margem à manifestação das diferenças individuais. Seu método era baseado no processo indutivo, partindo de experiências concretas para estimular a observação e o raciocínio. (Vamos acrescentar também aqui, o processo intuitivo que estudaremos mais tarde!)

O processo indutivo parte das observações. Por isso, para Pestalozzi as atividades dos alunos deviam se iniciar com o conhecimento dos objetos, ou seja, a exploração do meio, caminhando do simples até chegar aos conhecimentos mais complexos, partindo do conhecido para o desconhecido, do concreto para o abstrato, do particular para o geral. No entanto, esse partir do particular para o geral, não é visto como uma questão conceitual no campo da abstração, mas da ação do educando através das percepções sensoriais, incluindo tocar, olhar, ouvir, comparar e analisar. Por meio da observação e da investigação, estimula-se os processos cognitivos do educando na busca da compreensão, da aprendizagem do que observa e explora integralmente.

Seu método pedagógico era baseado nos interesses naturais do aluno, de acordo com a evolução do seu psiquismo, de modo que o aluno reduzisse o esforço despendido no processo de aprendizagem, por isso, deu grande importância ao método intuitivo, e dizia que era preciso psicologizar a educação.

 Vamos conhecer alguns aspectos principais sobre a contribuição de Pestalozzi:

1) A observação ou percepção sensorial (intuição) é a base da instrução.

2) A linguagem deve estar sempre ligada à observação (intuição) , isto é, ao objeto ou conteúdo. 

3) O mestre deve respeitar a individualidade do aluno. 

4) O ensino deve ter por alvo o desenvolvimento e não a exposição dogmática.

5) Em qualquer ramos, o ensino deve começar pelos elementos mais simples e proceder, gradualmente, de acordo com o desenvolvimento da criança, esto é, em ordem psicológica. 

Livro: Fundamentos da Educação. Autores Gilberto Cotrim e Mário Parisi. Editora Saraiva













Reportagem Revista Nova Escola

outubro/2008


Antecipando concepções do movimento da Escola Nova, que só surgiria na virada do século 19 para o 20, Pestalozzi afirmava que a função principal do ensino é levar as crianças a desenvolver suas habilidades naturais e inatas. "Segundo ele, o amor deflagra o processo de auto-educação", diz a escritora Dora Incontri, uma das poucas estudiosas de Pestalozzi no Brasil. 



 A escola idealizada por Pestalozzi deveria ser não só uma extensão do lar como inspirar-se no ambiente familiar, para oferecer uma atmosfera de segurança e afeto. Ao contrário de muitos de seus contemporâneos, o pensador suíço não concordava totalmente com o elogio da razão humana. Para ele, só o amor tinha força salvadora, capaz de levar o homem à plena realização moral - isto é, encontrar conscientemente, dentro de si, a essência divina que lhe dá liberdade. "Pestalozzi chega ao ponto de afirmar que a religiosidade humana nasce da relação afetiva da criança com a mãe, por meio da sensação de providência", diz Dora Incontri.



Inspiração na natureza
A vida e obra de Pestalozzi estão intimamente ligadas à religião. Cristão devoto e seguidor do protestantismo, ele se preparou para o sacerdócio, mas abandonou a ideia em favor da necessidade de viver junto da natureza e de experimentar suas ideias a respeito da educação. Seu pensamento permaneceu impregnado da crença na manifestação da divindade no ser humano e na caridade, que ele praticou principalmente em favor dos pobres.
A criança, na visão de Pestalozzi, se desenvolve de dentro para fora - ideia oposta à concepção de que a função do ensino é preenchê-la de informação. Para o pensador suíço, um dos cuidados principais do professor deveria ser respeitar os estágios de desenvolvimento pelos quais a criança passa. Dar atenção à sua evolução, às suas aptidões e necessidades, de acordo com as diferentes idades, era, para Pestalozzi, parte de uma missão maior do educador, a de saber ler e imitar a natureza - em que o método pedagógico deveria se inspirar. 

 Pestalozzi aplicou em classe seu princípio da educação integral - isto é, não limitada à absorção de informações. Segundo ele, o processo educativo deveria englobar três dimensões humanas, identificadas com a cabeça, a mão e o coração. O objetivo final do aprendizado deveria ser uma formação também tripla: intelectual, física e moral. E o método de estudo deveria reduzir-se a seus três elementos mais simples: som, forma e número. Só depois da percepção viria a linguagem. Com os instrumentos adquiridos desse modo, o estudante teria condições de encontrar em si mesmo liberdade e autonomia moral. Como alcançar esse objetivo dependia de uma trajetória íntima, Pestalozzi não acreditava em julgamento externo. Por isso, em suas escolas não havia notas ou provas, castigos ou recompensas, numa época a em que chicotear os alunos era comum. "A disciplina exterior, na escola de Pestalozzi, era substituída pelo cultivo da disciplina interior, essencial à moral protestante", diz Alessandra Arce.

 

Bondade potencial
Tanto a defesa de uma volta à natureza quanto a construção de novos conceitos de criança, família e instrução a que Pestalozzi se dedicou devem muito a sua leitura do filósofo franco-suíço Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), nome central do pensamento iluminista. Ambos consideravam o ser humano de seu tempo excessivamente cerceado por convenções sociais e influências do meio, distanciado de sua índole original - que seria essencialmente boa para Rousseau e potencialmente fértil, mas egoísta e submissa aos sentidos, para Pestalozzi.
"A criança, na concepção de Pestalozzi, era um ser puro, bom em sua essência e possuidor de uma natureza divina que deveria ser cultivada e descoberta para atingir a plenitude", diz Alessandra Arce, professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto. O pensador suíço costumava comparar o ofício do professor ao do jardineiro, que devia providenciar as melhores condições externas para que as plantas seguissem seu desenvolvimento natural. Ele gostava de lembrar que a semente traz em si o "projeto" da árvore toda.
Desse modo, o aprendizado seria, em grande parte, conduzido pelo próprio aluno, com base na experimentação prática e na vivência intelectual, sensorial e emocional do conhecimento. É a ideia do "aprender fazendo", amplamente incorporada pela maioria das escolas pedagógicas posteriores a Pestalozzi. O método deveria partir do conhecido para o novo e do concreto para o abstrato, com ênfase na ação e na percepção dos objetos, mais do que nas palavras. O que importava não era tanto o conteúdo, mas o desenvolvimento das habilidades e dos valores.

Biografia
Johann Heinrich Pestalozzi nasceu em 1746 em Zurique, na Suíça. Na juventude, ele abandonou os estudos religiosos para se dedicar à agricultura. Quando a empreitada se tornou o primeiro de muitos fracassos materiais de sua vida, Pestalozzi levou algumas crianças pobres para casa, onde encontraram escola e trabalho como tecelãs, aprendendo a se sustentar. Alguns anos depois, a escola se inviabilizou e Pestalozzi passou a explorar suas idéias em livros, entre eles Os Crepúsculos de um Eremita e o romance Leonardo e Gertrudes. Uma nova chance de exercitar seu método só surgiu quando ele já tinha mais de 50 anos, ao ser chamado para dar aulas aos órfãos da batalha de Stans. Mais duas experiências se seguiram, em escolas de Burgdorf e Yverdon. Nesta última, que existiu de 1805 a 1825, Pestalozzi desenvolveu seu projeto mais abrangente, dando aulas para estudantes de várias origens e comandando uma equipe de professores. Divergências entre eles levaram a escola a fechar. Yverdon projetou o nome de Pestalozzi no exterior e foi visitada por muitos dos grandes educadores da época.



 
Um liberal na Era das Revoluções

Embora durante a maior parte de sua vida Pestalozzi tenha escolhido viver em relativo isolamento, com a mulher e um filho que morreu aos 31 anos, ele nunca se alienou dos acontecimentos de sua época - chamada pelo historiador britânico Eric Hobsbawn de "Era das Revoluções". Na juventude, Pestalozzi militou num grupo que defendia a moralização da política suíça. Mais tarde, por simpatizar com o pensamento liberal e republicano, se alinhou aos defensores da Revolução Francesa. Em 1798, os franceses, em apoio aos republicanos suíços, passaram a sufocar os focos de resistência à nova ordem no país vizinho, e levaram à frente um massacre na cidade de Stans. Pestalozzi, embora chocado com os acontecimentos, atendeu à convocação do governo e montou uma escola para os órfãos da batalha, que acabou sendo uma de suas experiências pedagógicas mais produtivas. Pestalozzi não foi um iluminista típico, até por ser religioso demais para isso. Por outro lado, a importância que dava à vivência e à experimentação aproximam seu trabalho de um pioneiro enfoque científico para a educação, num reflexo da defesa da razão que caracterizou o "século das luzes". "A arte da educação deve ser cultivada em todos os aspectos, para se tornar uma ciência construída a partir do conhecimento profundo da natureza humana", escreveu Pestalozzi.

Para pensar
A pesquisadora Dora Incontri vê na obra dos filósofos da educação anteriores ao século 19 uma concepção do ser humano "mais integral" do que a que passou a prevalecer então. Segundo Dora, naquela época a ciência, incluindo a pedagogia, se tornou materialista. "Pensadores como Pestalozzi levavam em conta aspectos hoje negligenciados, como o espiritual. " Ela lamenta a ausência dessa dimensão. No seu dia a dia na escola ou em seus estudos sobre educação, você já sentiu a sensação de que falta algo à teoria pedagógica? Chegou a pensar que carência é essa? De que forma ela se reflete na prática?



SOBRE O MÉTODO INTUITIVO





Método de ensino que surgiu na Alemanha no final do século XVIII . divulgado pelos discípulos de Pestalozzi no decorrer do século XIX na Europa e nos Estados Unidos.

        Segundo Valdemarin (2004), as lições de coisas abrangiam três acepções: levar o aluno a adquirir uma ideia abstrata , colocando um objeto concreto diante dele; educar através dos cinco sentidos, fazendo o aluno ver, observar, tocar e discernir as qualidades de alguns objetos; mostrar o conhecimento e fatos utilizando a natureza e a indústria, apreendendo uma coisa e o seu nome, um fato e a sua expressão, um fenômeno e o seu termo designante.

      O método intuitivo utilizava os objetos como suporte didático e os sentidos possibilitavam  a produção de ideias, iniciando do concreto e ascendendo à abstração. Os sentidos deveriam ser educados para obter o conhecimento, passando da intuição dos sentidos para a intuição intelectual.

           Foram propostos novos materiais didáticos (gravuras, objetos de madeira, caixas para o ensino das cores e das formas, etc.), museus pedagógicos e novas atividades para serem desenvolvidas em sala de aula. Os livros ganharam uma nova função, não servindo mais como instrumento para a memorização dos alunos, e sim como manuais didáticos, destinados à formação dos professores, orientando sobre a estrutura das aulas e  a ordenação das atividades.

 

  Entre as inovações vinculadas ao método de ensino intuitivo, estão a proposição que a escola deva ensinar coisas vinculadas à vida, aos objetos e fatos presentes no cotidiano dos estudantes, introduzindo assim os objetos didáticos como elementos imprescindíveis à formação das ideias. (...) A introdução dos objetos didáticos na educação tem um caráter lúdico, mas também disciplinador: um elemento novo em sala de aula torna-se o centro da atenção das crianças, instaurando assim algo que é comum a toda a classe de alunos e ao professor, é aquilo que os une no caminho do conhecimento. Mas, acima disso, traz consigo a possibilidade de uniformizar raciocínios, modos de pensar, cristalizando uma forma de apropriação das coisas exteriores num processo que é dirigido pelo professor, o representante naquela situação do legado das gerações precedentes, inclusive com seus valores e seus preconceitos. ( Valdemarin, 2004, p. 176)

 

         O método de ensino intuitivo difundiu-se no Brasil no final do século XIX e início do XX, fazendo parte das diversas propostas de reformas de ensino federais e estaduais. Suas diretrizes vigoraram no Brasil até meados da década de 1920. 

  http://www.histedbr.fe.unicamp.br/navegando/glossario.html





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de·sig·nar - Conjugar
(latim designo, -are, marcar, traçar)
verbo transitivo
1. Indicar por meio de designação.
2. Fixar, determinar.
3. Nomear, escolher.
4. Servir de nome a.
Confrontar: dedignar.
Palavras relacionadas: designação, dedignar, denominar, designação, apelidar, indigitar, indicar.
"designar", in Dicionário Priberam da Língua Portuguesa [em linha], 2008-2020, https://dicionario.priberam.org/designar [consultado em 23-04-2020].